Câmara Municipal de Águeda
Câmara Municipal de Armamar
Câmara Municipal de Carregal do Sal
Câmara Municipal de Castro Daire
Câmara Municipal de Cinfães
Câmara Municipal de Lamego
Câmara Municipal de Mangualde
Câmara Municipal de Moimenta da Beira
Câmara Municipal de Mortágua
Câmara Municipal de Nelas
Câmara Municipal de Oliveira de Frades
Câmara Municipal de Penalva do Castelo
Câmara Municipal de Penedono
Câmara Municipal de Resende
Câmara Municipal de Santa Comba Dão
Câmara Municipal de São João da Pesqueira
Câmara Municipal de São Pedro do Sul
Câmara Municipal de Sátão
Câmara Municipal de Sernancelhe
Câmara Municipal de Tabuaço
Câmara Municipal de Tarouca
Câmara Municipal de Tondela
Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva
Câmara Municipal de Viseu
Câmara Municipal de Vouzela

CÂMARA DE ÁGUEDA
Distrito: Aveiro
Unid. Estat. (NUTS III): Baixo Vouga
Província: Beira Litoral
Freguesias: (11) Aguada de Cima – Águeda e Borralha – Barrô e Aguada de Baixo – Belazaima do Chão, Castanheira do Vouga e Agadão – Fermentelos – Macinhata do Vouga – Préstimo e Macieira de Alcôba – Recardães e Espinhel – Travassô e Óis da Ribeira – Trofa, Segadães e Lamas do Vouga – Valongo do Vouga
Área do concelho: 335,27 km²
Habitantes: 47 729 (2011)
Feriado Municipal: Oitava segunda-feira após o Domingo de Páscoa
Fronteiras: Sever do Vouga (norte); Oliveira de Frades (nordeste); Vouzela (nordeste); Tondela (leste); Mortágua (sul); Anadia (sul); Oliveira do Bairro (sudoeste); Aveiro (oeste); Albergaria-a-Velha (noroeste)
Resumo Histórico: Existem no actual concelho de Águeda abundantes vestígios comprovativos da presença romana, nomeadamente na Estação Arqueológica do Cabeço do Vouga. Relativamente à cidade, há fortes probabilidades de que a via romana que ligava Emínio (Coimbra) a Cale (Gaia) passasse por Águeda.
A cidade actual procede do repovoamento feito nos inícios da Nacionalidade (século XI-século XII): Apesar de ser povoação próspera e de seus moradores terem diversos privilégios, como testemunham os procuradores de Aveiro nas Cortes de Évora em 1451, Águeda não recebeu foral próprio. D. Manuel I incluiu Águeda no foral concedido a Aveiro, em 1515. Assequins, povoação actualmente incluída na cidade, recebeu foral próprio de D. Manuel I.
O concelho de Águeda, com a elevação da sede a vila, foi constituído a 31 de Dezembro de 1853, integrando diversos concelhos, de origem medieval então extintos, entre eles o de Aguada de Cima,o de Castanheira do Vouga e o de Préstimo.
Águeda foi elevada à categoria da cidade por lei de 14 de Agosto de 1985.
A importância de Águeda veio-lhe das várzeas que lhe ficam fronteiras e alastram na bacia que começa um pouco acima da Borralha. Foram elas as causas de se encontrarem os nomes locais, nos documentos que se reportam à primeira reconquista.
Património: Lista de património edificado em Águeda
Entre as igrejas, capelas e cruzeiros do concelho, merece destaque o Panteão dos Lemos em Trofa do Vouga. Outros locais de interesse turístico e cultural são: a Pateira de Fermentelos (maior lago natural da Península Ibérica), a Estação Arqueológica de Cabeço do Vouga e a Biblioteca Manuel Alegre.
Tradições
Entre as tradições artesanais, são dignas de referência a olaria, a cestaria, a tecelagem, a tanoaria, a latoaria, os rendados e os bordados. As aldeias típicas da Urgueira, Macieira de Alcoba ou Lourizela, mantém uma rusticidade genuína. O concelho tem também vários grupos folclóricos.
Artes
Música: Houve, na história de Águeda, diversos grupos musicais, como os “jazzes” que se chamavam assim só porque tocavam música estrangeira, tunas, bandas filarmónicas, orquestras, grupos ligeiros e grupos de baile, bandas de garagem, grupos e bandas de rock, grupos de fado, grupos de música tradicional, música dita clássica. Colectividades recreativas e culturais, grupos de ocarinas e afins.
Teatro: Acontecendo em eventos pontuais ou em grupos mais ou menos duradouros, mais amador que profissional, do infantil ao sénior, sempre houve teatro em Águeda.
Artes plásticas
Museus: Casa Museu da Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Pinheiro, Casa Museu do Cancioneiro de Águeda, Casa-Museu João Tomás Nunes (Fermentelos), Museu Ferroviário de Macinhata do Vouga.
Gastronomia: Os pratos típicos da região consistem no leitão assado à Bairrada, a chanfana, rojões, carne de carneiro ou cabra à lampantana ou caldeirada de peixe, acompanhados pelos vinhos e espumantes das caves da Bairrada. A doçaria de Águeda é composta pelos pastéis de Águeda, barriga de freira, fuzis e sequilhos, regueifa, cavacas ou ainda o bolo de Santa Eulália.
CÂMARA DE ARMAMAR
Telefone: (+351 ) 254 851 851
Email: camaraarmamar@mail.telepac.pt
Site: www.cm-armamar.pt
Feriado Municipal: 24 de Junho
Número de Habitantes: 7.492
Superfície: 112,2Km2
Número de Freguesias: 19
Resumo Histórico: Concelho cuja área pertenceu ao concelho de Santa Maria de Salzedas, teve foral dado por D. Manuel I em 3 de Maio de 1514. Na época castreja já o concelho era habitado por uma população que vivia alcondorada no cimo dos montes, nos castros. O castro mais imponente do concelho é o de Goujoim, com uma muralha ainda hoje impressionante.
Restos castrejos haverá ainda na Queimada e S. Domingos de Fontelo. Quando os romanos aqui chegaram continuaram a aproveitar a estratégica localização do castro de Goujoim. Na sua base implantaram um marco fronteiriço entre os Arabrigenses e os Coilarni que aqui tinham os seus domínios.
À época romana tem sido atribuída a Ponte de Santo Adrião, sobre o rio Tedo, no caminho Municipal nº 1101. Está classificada como Imóvel de Interesse Público. Da Idade Média merece destaque o núcleo de sepulturas escavadas na rocha junto ao castro de Goujoim.
Deste mesmo período data o ex-libris do concelho, a igreja matriz da vila. É o único monumento concelhio classificado como Monumento Nacional. De um período de transição entre o românico e o gótico pode datar-se a igreja de S. Domingos de Fontelo a cuja fundação anda ligada curiosa lenda popular. Diz-se que junto à capela existia uma pedra sobre a qual deviam passar a noite as mulheres que não conseguissem engravidar. A fama da pedra chegou a D. Afonso V que ali veio com a sua régia esposa. Passados nove meses nascia a princesa que havia de ser santa, Santa Joana. D. Afonso V teria então mandado construir a capela. Significará esta lenda a existência de um culto da fertilidade anterior ao cristianismo?
O que é certo é que a capela apresenta um portal de arco apontado e uma faixa decorativa de motivos fitomórficos, o que mostra como é anterior a D. Afonso V. No reinado seguinte, com D. Manuel, Fontelo teve foral novo dado pelo rei e do concelho antigo restam a cadeia e o paço, que é afinal uma casa do século XVIII. Deste reinado será o pelourinho de Goujoim, símbolo do pequeno concelho que aqui teve a sua sede.
Dos séculos seguintes (XVII-XVIII) são grande parte das igrejas do concelho e alguns solares que ainda hoje se podem ver: Casa Grande de Gojim que foi solar dos condes de Vila Flor e Alpedrinha; a igreja de S. Martinho das Chãs; a igreja de Goujoim ou a casa solarenga com brasão que se pode ver na vila, a que pertencia a capela da Srª da Conceição com azulejos do século XVII.
Pontos de Interesse: “Miradouro do Monte de São Domingos em Fontelo; Elevação do Monte Raso, próximo da Capela de S. Lourenço, em Queimadela; Miradouro de Misarela, verdadeiro ex-libris de Vila de Armamar; Cascata do Temilobos; Monte Castro em Goujoim, encontra-se numa eminência rochosa sobranceira á povoação de Goujoim, a cerca de 820 m de altitude; Serra da Senhora da Piedade em São Martinho; Monte da Senhora da Costa em São Romão; Serra da Senhora da Graça ou do Perdão, em Vila Nova, onde se ergue a Ermida Branca, na freguesia de Santa Cruz; Monte de Nossa Senhora da Graça em Cimbres.
Artesanato: Cestaria de verga em Goujoim e Fontelo; Latoaria em Queimadela; Tecelagem de Lã; Calçado de madeira; tanoaria em Goujoim.
Gastronomia: Pratos Típicos: Bacalhau à Zé da Chiba; Cabrito assado, Guisado de abóbora com bacalhau).
Queijos: Queijinhos de Vila Nova em Santa Cruz.
Doces: Pelo Natal Orelhas de Abade(fritas lêvedas) Pela Páscoa Bolo Podre ou Bolo Amarelo.
CÂMARA MUNICIPAL DE CARREGAL DO SAL
Telefone: (+351) 232 960 400
Email: geral@carregal-digital.pt
Site: www.cm-carregal.pt
Feriado Municipal: 3ª Segunda Feira de Julho (Festas do Concelho)
Número de Habitantes: 10.411
Superfície: 120,024 Km2
Número de Freguesias: 7
Resumo Histórico: Carregal do Sal Currelos – Primitivo Concelho – Currelos foi nome do primitivo concelho de que foram donatários os condes de Vila Nova de Portimão, passando a dominar-se Carregal do Sal nos princípios do século. A reforma de 1836 chamou-lhe somente Carregal, com sede no lugar (e freguesia ) Currelos, onde se mantém. Desde os primeiros anos da monarquia, a nobreza nutriu especial predilecção pelas terras de Currelos, onde residiram famílias nobiliárquicas de peso.
Assunto controverso, o topónimo actual parece ter derivado da existência de armazéns de sal (desaparecidos) no local designado por salinas, interposto abastecedor da vasta região entre o Douro e a Serra da Estrela até às terras de Castela, atravessando a fronteira de Vilar Formoso. Embora figurando o nome em documento de doação do reinado do primeiro monarca, o concelho foi criado em 6 de Novembro de 1836, sucedendo ao de Currelos, mais antigo, cujo primitivo núcleo terá sido de origem romana.
A excelente situação geográfica, a par das vias internacionais de comunicação, desempenham papel decisivo no progresso do município e, de certo modo, atenuam os efeitos negativos da interioridade.
Artesanato: Marcenaria (talha) e latoaria.
Gastronomia: Pratos Típicos : Cabrito assado; Chanfana, Arroz com feijão; torresmos e enchidos.
CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO DAIRE
Telefone: (+351) 232 382 214
Email: cmcdaire@mail.telepac.pt
Site: www.cm-castrodaire.pt/
Feriado Municipal: 29 de Junho
Número de Habitantes: 16.990
Superfície: 383,2 Km2
Número de Freguesias: 22
Resumo Histórico: O Concelho de Castro Daire, está distribuído pela intensa zona montanhosa e enquadrado nos contrafortes de altas serras interiores (Montemuro, Gralheira e Caramulo), associados a grandes vales, é cortado a sul (da vila) pelo buliçoso e despoluído rio Paiva. A Vila cujo nome recorda um antigo castro, assenta numa risonha encosta virada a sul, donde se domina vasto panorama natural sobre as outras encostas circundantes. O sítio do Calvário constitui um magnífico miradouro natural. Se do antigo castro não restam vestígios visíveis, já a época romana nos legou um monumento epigráfico que se encontra no Museu do Carmo, em Lisboa, que nos recorda o cumprimento de uma promessa a uma divindade indígena de nome Arus.
Na vila podem admirar-se diversos edifícios de carácter senhorial, construídos no século XVIII, com belas fachadas em que se rasgam janelas de avental, mas deverá observar-se com atenção sobretudo a igreja paroquial. Diz a tradição, que não pode ser confirmada, que teria sido construída com as pedras retiradas do castelo que D. Dinis teria autorizado a derrubar. O que é certo é que a construção actual deverá datar do século XVIII, pertencendo ao período barroco as talhas dos altares interiores. Merece destaque especial o altar das almas, pelo pormenor da sua decoração e da recordação e meditação sobre a morte a que forçosamente conduz quem o observar com atenção.
Pontos de Interesse: Carvalho do Presépio, secular e frontosa árvore; Miradouro do Calvário; Ruínas das Portas de Montemuro no Cimo da Serra da Montemuro (muralhas romanas); Castro Romano de Cabril; Encantadora paisagem banhada pelo rio Paiva, afluente do Douro, onde se pratica a pesca da truta, na freguesia da parada de Ester; Vista de Picão – Serra de Montemuro; Antigos Moinhos e ponte pedrinha; Ponte de Rediz; Várzea de Rediz.
Artesanato: Cestaria, ainda se encontra hoje quem faça estes trabalhos, em Rossão, Campo Benfeito e Colo de Pito; Tecelagem, em toda a zona do Montemuro encontra-se este tipo de artesanato (das colcha de lã ás mantas de trapos, das capuchas, lençóis e toalhas de linho até ás meias de lã de ovelhas brancas ou trabalhadas a branco e preto); Tamancas, feitas de pau de amieiro; fiação de lã e cardação.
Gastronomia: Pratos Típicos: Trutas de escabeche; Cabrito no forno; caldo de hortaliça (das gentes serranas); Broa de mel; presunto; queijos frescos (vaca e cabra); Presunto; Salpicão e chouriças.
Doces: Bolo podre, Pão da Rita, Mel.
CÂMARA MUNICIPAL DE CINFÃES
Telefone: (+351) 255 560 560
Email: cm-cinfaes@mail.telepac.pt
Site: www.cm-cinfaes.pt
Feriado Municipal: 24 de Junho
Número de Habitantes: 22.424
Superfície: 241 Km2
Número de Freguesias: 17
Resumo Histórico: Concelho situado no extremo noroeste do Distrito de Viseu, ribeirinho do Douro, apresenta por isso as características das terras durienses.
A história alti- medieval (documentada) reporta-se ao século X, e, só recentemente está a dar-se importância aos vestígios abundantissímos da pré e proto- história. Indubitávelmente da época romanizada também ficaram traços expressivos e evocadores do passado.
A nível artístico podemos dizer que predomina neste concelho o estilo românico, com as belas igrejas de Tarouquela e Escamarão.
Pontos de Interesse: “Portas do Montemuro, no cume da serra do mesmo nome, a 1382 metros de altitude donde se abrange largo horizonte e soberba paisagem; Barragem e Albufeira de Carrapatelo, no Douro; Monte Ladário, Mirante de lindas paisagens; Ilhota do Outeiro, no Lugar do Castelo; Penedo da Chieira, na quinta da chieira, nos arredores da vila de Cinfães. Penedo de granito com motivos insculturados.
Artesanato: Artefactos de vime, verga, palha e silva (brezas do Montemuro); Chocalhos; latoaria; tamancaria; tecelagem; rendas de algodão e de bilros; odres; miniaturas do barco rebelo em madeira.
Gastronomia: Pratos Típicos: Anho assado com arroz do forno; Torresmos ou torresmada; Rojões à moda de Cinfães; Arroz de lampreia e lampreia à bordalesa; Sável frito; Carnes de porco fumadas; Milhas com carne de porco; bolo do forno de farinha de milho com carne gorda ou sardinhas.
Doces: Pão-de-ló de São Cristovão; doces de manteiga; formigos e bolinhos de centeio.
CÂMARA MUNICIPAL DE LAMEGO
Telefone: (+351) 254 609 600
Email: geral@cm-lamego.pt
Site: www.cm-lamego.pt
Feriado Municipal: 8 de Setembro
Número de Habitantes: 28.081
Superfície: 164 Km2
Número de Freguesias: 24
Resumo Histórico: O Concelho, fica no extremo norte do distrito, separado do de Vila Real pelo rio Douro. Lamego é a segunda cidade do distrito e é detentora de um dos mais valiosos patrimónios arquitectónicos colectivos. A cidade tem um altaneiro castelo medieval que nos recorda os tempos em que Lamego foi atalaia cristã nas lutas da reconquista. Na sua construção aproveitaram-se materiais de outras épocas nomeadamente romanos, como é bem manifesto numa inscrição metida nas muralhas.
Um dos ex-libris da cidade é a igreja de Almacave, famoso monumento românico que a tradição quis ligar indelevelmente à História de Portugal. Aqui se teriam realizado as primeiras cortes, ainda no tempo de D. Afonso Henriques e que teriam sido a base jurídica para a legitimação da expulsão dos reis espanhóis no século XVII, aquando da reconquista. Situa-se junto a uma antiga necrópole romana, de onde foram retirados algumas das pedras incorporadas na nova construção, três inscrições, uma na capela exterior da parede da sacristia e duas na parede interior do coro alto.
Atribuível ao século XVIII e também a Nicolau Nasoni é o verdadeiro ex-libris da cidade, o santuário de Nossa Senhora dos Remédios. A 1ª pedra foi lançada em 1750, integrando-se por isso na fase final do barroco ou rocaille. A basílica é do tipo igreja -salão, com elegantíssima fachada falqueada por duas torres sineiras a meio das quais se abrem dois magníficos óculos decorados com concheados. O concheado é, aliás, o principal motivo decorativo deste monumento.
A enorme escadaria que conduz da alameda principal da cidade até ao santuário tem centenas de degraus e adaptou-se à íngreme encosta com patamares a que vêm dar lances divergentes de escadas. Na face virada à cidade, os muros de suporte dos patamares ostentam painéis de azulejos típicos da época, com cenas religiosas. Completam o conjunto várias fontes localizadas nos patamares e num dos pátios, o mais belo de todos, as imagens de reis e profetas do Antigo Testamento.
Ponto de Interesses: Mirante da serra das Meadas «marco geodésico», sobranceiro à cidade; Miradouro de S.Brás; Alto de Valdigem; Alto de S. Domingos; Bairro do Castelo; Restos de castros e aldeias abandonadas de Antas; Barragem da Varosa, no concelho de Lamego, com 76 metros de altura (não existem condições nesta barragem para a prática de desportos).
Artesanato: Meias de lã; objectos em barro, nomeadamente barro preto; Cestas em vime, verga e outras; Cubas e tonéis, em miniatura, na arte de tanoaria; Socos de pau; Capas Serranas e croças; Mantas de farrapos; Chapéus de palha; Rendas de bilros e bordados; Colchas em lã e algodão; Móveis, a partir de qualquer material; Funis, almotolias e lamparinas, na arte da funilaria.
Gastronomia: Pratos Típicos: Bola de presunto; Trutas com presunto de churrasco; Presunto com azeitonas; Broa de Milho e Vinho; Cabrito assado com batatas assadas e arroz do forno; Coelho à Caçador; Coelho à Transmontana; Perdiz na Púcara; Lebre à Serrana; Queijinhos; Trigas- milhas; Carnes fumadas de porco, salpicão, chouriço, etc.
Doces: Peixinhos de gila; Doce de ovos; Tarte de maçã; Bolinhos pardos; Celestes; Bolinhos de amor; Pão-de-ló; Biscoito de Teixeira.
Vinhos: Branco e tinto de mesa; Espumante natural Raposeira; Espumante natural Murganheira; Aguardente Murganheira. A fama dos excelentes vinhos de Lamego remonta ao séc. XVI.
CÂMARA MUNICIPAL DE MANGUALDE
Telefone: (+351) 232 619 880
Email: cmmangualde@mail.telepac.pt
Site: www.cmmangualde.pt/
Feriado Municipal: 8 de Setembro
Número de Habitantes: 20.990
Superfície: 223 Km2
Número de Freguesias: 18
Resumo Histórico: O concelho de Mangualde, que até aos finais do século XVIII se chamava Azurara da Beira, tem 18 Freguesias e uma área de cerca de 223 Km2 . Fica situado no extenso planalto beirão, fronteiro à Serra da Estrela, que grande parte das águas dos rios Dão e Mondego balizam pelo Norte e Sul, respectivamente. Confina com os concelhos de Viseu, Penalva do Castelo, Fornos de Algodres, Gouveia, Seia e Nelas. As Antas da Cunha Baixa e Padrões e o Castro do Bom Sucesso atestam a presença do homem na região, desde tempos imemoriais. O concelho foi também intensamente povoado pelos romanos. A assinalar a presença temos a Citânia da Raposeira, diversas vilas, troços de vias ( Mesquitela, Mourilhe, Guimarães de Tavares, Alcafache, Roda e Almeidinha), marcos miliarios, a placa honorífica de São Cosmado, aras e árulas votivas. Teve castelo que foi conquistado aos mouros, em 1058, por Fernando Magno, rei de Leão. Os Condes D. Henrique e D. Teresa concederam-lhe foral em 1102. A partir do século XVII com a fundação da Misericórdia por D. Filipe II ( 1613), a criação do Juiz de Fora por D. João IV ( 1655) e a instituição da feira por D. Pedro II (1681) e no século XIX com a abertura de novas vias de comunicação (estradas e caminho de ferro) acelarou-se de tal maneira o seu desenvolvimento que a Assembleia da República elevou Mangualde à categoria de cidade em 3 de Julho de 1986.
Ponto de Interesses: “Museus: Palácio dos Condes de Anadia, possui colecções de azulejos do séc. xVII, estatuetas Sévres, gravuras dos séc. XVII e XVIII, mobiliário do séc. XVIII.
Monumentos: Igreja Matriz de Várzea de Tavares, construída em 1706; Anta de Cunha Baixa (MN); Convento românico, em Maceira Dão, construído em 1162; Pelourinho de Abrunhosa-a-Velha; Pelourinho de Chãs de Tavares; Igreja Matriz de Mangualde; Palácio dos Condes de Anadia.
Artesanato: Confecção de bordados de Tibaldinho (Alcafache); Tapeçaria.
Gastronomia: Doces: Pasteis do Patronato.
CÂMARA MUNICIPAL DE MOIMENTA DA BEIRA
Telefone: (+351) 254 520 070
Email: cmmbeira@cm-moimenta.pt
Site: www.cm-moimenta.pt
Número de Habitantes: 11.074
Superfície: 219,48 Km2
Número de Freguesias: 20
Resumo Histórico: Situado numa zona granítica de transição e paisagem tipicamente beiraltina, o concelho confronta a norte com Armamar e Tabuaço, a sul com Sátão, Sernancelhe a leste e, a poente, Tarouca e Vila Nova de Paiva. A área é de cerca de 219 quilómetros quadrados, distribuídos por 20 freguesias. É relativamente recente a história da municipalidade moimentense mas não as origens do território que constitui o actual. Vestígios pré – históricos são abundantes e dispersos: dólmen no planalto da Nave, castro de Caria (desaparecidos ), castro lusitano – romano de Sanfins ( Passô ), sobranceiro a Mondim da Beira, e outros, como os restos do castro amuralhado de Peravelha, a sudoeste da sede do município. Mas recuemos ainda no tempo deste roteiro das terras do demo: nos fins do século X, Almansor arrasou a região e destruiu com os exércitos invasores a povoação e o castelo de Caria que a dama goda D. Chama deixara ao mosteiro de Guimarães. De acordo com documento do mosteiro de S. João de Tarouca, o convento pré – nacional das Arcas ( lugar da freguesia de Sever ) foi destruído e as monjas ( beneditinas ) degoladas, incluindo a abadessa Comba Osores. A extensa e importante honra de Caria, com papel decisivo ( a par do couto de Leomil ) no repovoamento da região, foi doado ( por D. Afonso Henriques ) a Egas Moniz e a Mem Moniz. Caria e Leomil elevaram-se, então, em importância, podendo atribuir-se-lhes, com segurança, as origens de Moimenta que, ou não existia, ou seria povoação insignificante nessa altura. Aliás, tinham municipalidade própria no século XIII, embora com subordinação ao julgado de Castro Rei ( hoje Tarouca ). Mais tarde, a Vila da Rua herdou a sua sede do concelho de Caria, aparecendo Moimenta, com município próprio, desligado deste último no século XV. No liberalismo o concelho engloba a sede, Baldos, Cabaços e Paradinha. Havia, para além dele, mais sete municípios, na área do actual, eliminados a favor de Moimenta que deve às reformas de 1834 a promoção, em desfavor de outras cabeças de concelho bem mais antigas e reduzidas à categoria de freguesias.
A sede do concelho, no cruzamento de seis estradas nacionais, fica nas faldas da serra de Leomil (ou Nave), num belíssimo (e saudável) planalto, a 650 metros de altitude.
Vértice de triângulo turístico – monumental notável (Moimenta – Lamego – Tarouca), belas paisagens e sítios pitorescos – omissores dos roteiros oficiais -, é terra por e para descobrir. Do património construído fazem parte: igreja do convento das Freiras, casa do Carrasco, Fonte da Pipa e solar dos Guedes (na vila); solar de S. Domingos de Sarzedo (século XVI) e igreja paroquial (século XVIII); palacete oitocentista dos Noronhas (A de Barros), tida por Casa de D. Dinis; Casa de Aquilino Ribeiro (Soutosa); penedo da Fonte Santa (Peravelha); pelourinho e Casa dos Coutinhos (Leomil) e, finalmente, o pelourinho de Passô.
Ponto de Interesses: Dólmenes, na serra de Leomil; Sepulturas antigas, na freguesia de Castelo (uma ainda se encontra inviolada); Castro de Sanfins, citas de Baldios; O Monte de Cabeça Gorda, na freguesia de Cabaços; O Monte de Nossa Senhora da Conceição, na freguesia de Castelo; O Monte de Santo Adrião, na freguesia de Peva; Barragem do Távora, em Vilar. É uma barragem de entroncamento que possui condições naturais para a prática de desportos: natação, remo, vela, motonáutica e pesca (barbo, boga, escalo, lampreia e truta); Moinhos de Água na Ribeira do Valongo, em Leomil.
Artesanato: Linhos de Ariz; Cestaria; Manufacturas de lã em Alvide; Latoaria em Leom.
Gastronomia: Pratos Típicos: Cabrito assado; Enchidos; Trutas.
Doces: Cavacas; Pão-de-ló; Arroz – Doce.
CÂMARA MUNICIPAL DE MORTAGUA
Telefone: (+351) 231 927 460
Email: mortagua@cm-mortagua.pt
Site: www.cm-mortagua.pt
Feriado Municipal: 5º feira de Ascensão
Número de Habitantes: 10.397
Superfície: 247,8 Km2
Número de Freguesias: 10
Resumo Histórico: A orografia é dominada pela presença da mais turística das serras (depois da Estrela), o Buçaco, enquanto a paisagem e disposição da propriedade patenteiam o principal modo de vida das populações. As terras da Mealhada a Mortágua (quase em linha recta) vão deixando para trás planuras cultivadas em direcção a uma geografia cada vez mais complexa, dominada (ou associada) por vales mais ou menos acentuados. O concelho situa-se na paisagem de transição entre a Beira Alta (dominada por serranias e florestas) e a Beira Litoral pela costa e a maresia. As terras mortaguenses beneficiaram (nos primeiros passos para o desenvolvimento) desta situação, quase no centro de triângulo tendo em cada vértice três grandes cidades: Viseu, Coimbra (a mais próxima) e Aveiro. decidiram resultados positivos na economia geral do município. A recente elevação a cidade da sede comprova-o claramente.
Apesar de não possuir património construído a atestar a grandeza do passado, não se pense que Mortágua passou despercebida na marcha da História. O povoamento local devemos procurá-lo nos tempos pré – históricos, documentado nas fortificações castrejas, como a do Cabeço do Castro. Ao castro de Mortágua aludem documentos do século X, relativamente a doação ao mosteiro de Lorvão pelo poderoso conde Oveco Garcia (senhor de Stª Comba e de avultados bens): « includit in medio castro de Moratagalo ». Depois da localidade de Sobral, Trezói (« terra do Vouga » na Alta Idade Média) é a que mais se orgulha dos pergaminhos históricos com abundantes referências, anteriores à Nacionalidade. O convento de Trezói (anexo ao de Vacariça) é de crer que tenha desempenhado papel decisivo na ocupação e desbravamento da região. A provar a importância da « terra » estão os forais concedidos por D. Dulce (mulher de Sancho I) em 1192; pelo senhor de Tentúgal e Mortágua, Gonçalo Anes de Sousa (1403) e, finalmente, D. Maunuel I (1514), através das ordenações manuelinas. Espinho foi abadia da apresentação da Casa de Belmonte e Pala (povoação muito antiga), curato da paresentação do convento de Stª Cruz. D. Afonso III doou a vila de Mortágua a D. Teresa Fernandes de Seabra (sua amante) e, anos depois, à bastarda Leonor Afonso que legou muitos bens ao mosteiro de St. ª Clara de Santarém, por testamento de 1292. Por outro lado, a freguesia de Sobral terá sido a localidade do concelho que mereceu grandes atenções da nobreza e família real, sobretudo de « O Bolonhês ». Relativamente a Sobral a lenda conta que um vizinho (calvo) achou a imagem da Virgem junto à toca de castanheiro carcomido. Os habitantes dispuseram-se a fazer capela onde a colocaram. Misteriosamente, a senhora viltava para o local primitivo. Então os devotos desistiram e os de Pala resolveram levantar outro templo, instituindo irmandade e bodo aos pobres (distribuído no terceiro domingo de Outubro) na ermida denominda N. ª Sr. ª do Chão dos Calvos. Nove freguesias do concelho eram obrigadas a comparecer na primeira semana da Quaresma, sob pena de multa aplicada ao chefe de família que, por si ou familiares da casa faltassem. A romaria decaiu com o decorrer dos tempos, substituída pela Feira dos Calvos, como é conhecida.
O Santuário de S. Salvador do Mundo (ex – líbris da paisagem mortaguense) no cabeço do senhor do Mundo, sobre os alicerces do castro, é local de romaria e miradouro que chama a atenção do visitante, tentado a subi-lo para gozar espectacular panorama sobre veigas e pinhais. O santuário de N. ª Sr.ª do Carmo (dos princípios do século XVII), na Marmeleira (com importante romaria) é monumento de grande significado regional, assim como o santuário de N. ª Sr. ª da Ribeira (do mesmo século). A igreja matriz e o pelourinho (século XVI) são duas relíquias do património concelhio guardadas ciosamente.
Ponto de Interesse: Cabeço do Senhor do Mundo, a 1Km da Vila; Largo 25 de Abril; Barragem da Aguieira; Mata do Buçaco; Santuário do Chão de Calvos.
Artesanato: Objectos em Barro Vermelho, na freguesia de Vale de Remìgio; Cestaria de vime; Tanoaria; Tapeçaria.
Gastronomia: Chanfana; Broa de milho; Pão de trigo de Madeira; Mel; Bolo de Páscoa.
CÂMARA MUNICIPAL DE NELAS
Telefone: (+351) 232 941 300
Email: cmn@mail.telepac.pt
Site: www.cm-nelas.pt
Feriado Municipal: 24 de Junho
Número de Habitantes: 14.283
Superfície: 122 Km2
Numero de Freguesias: 9
Resumo Histórico: Entre o Mondego e o Dão, o concelho faz fronteira com Mangualde e Carregal do Sal. Área relativamente reduzida (122 quilómetros quadrados) é o mais pequeno do distrito quanto ao número de freguesias que são 9. A sede, fica a 23 quilómetros da capital do distrito e é servida por estação da linha da Beira Alta, factor importante do desenvolvimento local e, de certo modo, relevante para a implantação de estruturas produtivas.
Nelas é, efectivamente, novo pólo de atracção turística dos mais interessantes e polivalentes do distrito e província. A vila (no extremo do planalto de Viseu), na encruzilhada das EN 231 e 234, enquadrada na estrutura urbana remodelada e aprazível, onde é agradável viver. O roteiro que propomos é vasto e diversificado, sobretudo no tocante ao património colectivo, apesar da formação recente do concelho. São famosos os jardins da casa senhorial dos Tavares, abertos aos fins de semana durante o Verão, igreja matriz de Nelas, reconstrução de raiz barroca, capela de N. ª Sr. ª do Viso (Carvalhal Redondo), solares do Visconde de Pedralva e Abreu Madeira (Canas de Senhorim), igreja matriz de Vilar Seco, Casa da Câmara, da Aguieira e, na mesma localidade, solar dos Sacaduras (1522), solar dos Cunhas (Santar), conhecida por Caso do Paço, igreja da Misericórdia e solar dos Amarais (Santar) e, na mesma povoação, capela de N. ª Sr. ª da Piedade (1728) e casa das Fidalgas. Finalmente, os pelourinhos de Vilar Seco e Aguieira integram os principais monumentos do concelho. Freguesia do concelho de Senhorim, suprimido a 9 de Novembro de 1852, Nelas passou, nesse mesmo ano, a concelho por carta régia de D. Maria II. Todavia, as terras de Nelas remontam, pelo menos, ao neolítico com vestígios assinalados. Também chegaram até nós vestígios da ocupação romana ( sepulturas no Folhadal, Vilar Seco e Canas de Senhorim ). Servido pela estação do caminho – de – ferro de Canas – Felgueira, da linha da Beira Alta, esta freguesia é das mais prósperas do município, produzindo excelentes vinhos, azeite, legumes e cereais. D. Sancho I elevou a localidade a cabeça de couto do mesmo nome (1224) que D. Dinis passou à posse do cabido viseense em que se conservou até 1514, quando D. Manuel concedeu foral novo. A igreja matriz de Canas é templo de singular envergadura arquitectónica, a merecer visita. Nos limites da «terra» de Zurara, mas já na de Senhorim, fica Santar, atraente povoação na margem esquerda do Dão e acerca de 8 quilómetros da sede do concelho. Teve mercês nobiliárquicas nos títulos concedidos pelos Filipes aos condes e marqueses de Santar, fiéis à causa espanhola e, por isso, despojados deles depois de 1640. As ruínas do palacete dos Cunhas, construído por D. Pedro da Cunha (1609) foram integradas na casa do Soito com escadaria de balaústres em granito, jardins e terraços ajardinados ao gosto aristocrático de setecentos.
Os atractivos turísticos não se quedam pela história, exemplares da nobreza monárquica e atractivos das concorridas Termas. As tradições soube, de igual modo, o povo conservá-las e dinamizá-las nas feiras, festas e romarias. Os festejos carnavalescos de Nelas e Canas de Senhorim são cartaz de difícil concorrência nas terras beiroas, onde as manifestações populares do Entrudo conseguiram afirmar-se pelo cunho regional que as enforma. Com notável pujança nos últimos anos e raízes nas famosas «Cegadas » , constituem ponto alto os desfiles de carros alegóricos e corsos com dois cortejos concorrentes que culminam na troca das rainhas que irão reinar, cada uma, no corso adversário dos dois bairros. Os festejos da sede do concelho não podem dissociar-se dos que têm lugar firmado em Canas, de tradições muito mais antigas. Os corsos do Paço e Rossio têm por principal característica de sair vencedor o que virar a seu favor o entusiasmo e aplauso da maioria do público.
Artesanato: Tapeçarias; Bonecos de pano; Miniaturas de mobílias e utensílios domésticos.
Gastronomia: Pratos Típicos: Bacalhau dourado; os peixes (barbo, boga, robalo, enguia e carpa da barragem da Aguieira) e Morcela de sangue com grelos.
Doces: Bolo canta-galo.
CÂMARA MUNICIPAL DE OLIVEIRA DE FRADES
Telefone: (+351) 232 760 300
Email: cmof@mail.telepac.pt
Site: www.cm-ofrades.com
Feriado Municipal: 7 de Outubro
Número de Habitantes: 10.584
Superfície: 148 Km2
Número de Freguesias: 12
Resumo Histórico: Oliveira (dos frades) pertenceu, segundo alguns, ao convento de S. Cristóvão, fundado em 1123, na margem do Vouga e, segundo outros, aos frades de Santa Cruz. É dos concelhos mais encantadores do distrito, a cerca de 35 quilómetros da sede. O vale (extenso e profundo) do Vouga surpreende e encanta. As elevações da Arada, Gralheira e Caramulo protegem o concelho, cujo património mais saliente é, sem dúvida, a paisagem.
Arca destaca-se no extremo ocidental, numa vertente do Caramulo, jóia da ruralidade beiraltina pela estrutura dos espaços a evidenciar tradições comunitárias, exemplos de arquitectura doméstica, palheiros e muros de xisto a dividir campos e prados. Arca e Varzielas, duas localidades caramulanas em terras de Lafões. Entre os cursos do Vouga e Alfusqueiro (afluente do Águeda), Reigoso é altar da Natureza e encruzilhada importante (desde tempos mediévicos) de caminhos. Ribeiradio, em plena região do vale do Vouga, na encosta da serra das Talhadas (donde se avista a ria de Aveiro e o oceano), ficou ali a prestar culto aos deuses graníticos da serra: Penedos dos Cucos (18 metros de altura), Irmãos das Talhadas e Penedo do Vinagreiro, de entre outros.
Num triângulo de vértices aproximados (com S. Pedro do Sul e Vouzela) o município integra a próspera região de Lafões. A via rápida (IP5) Aveiro – Vilar Formoso, com os nós de Reigoso, Oliveira de Frades e Confulcos, veio completar importantes redes de comunicações. A cerca de 40 Km quilómetros de Aveiro, 70 do Porto e Coimbra e a 12 de uma das mais frequentadas estâncias termais da Península (Termas de S. Pedro do Sul), Oliveira de Frades é ponto de partida e traço de união entre o litoral e o interior beiraltino.
A vila comanda o progresso das freguesias com um comércio diversificado, parque habitacional crescente, bons restaurantes, zonas verdes e de lazer, instalações desportivas e toda a gama de serviços indispensáveis ao funcionamento social da área concelhia. A superfície equivale a cerca de 148 quilómetros quadrados, distribuídos por 12 freguesias.
Com história paralela e, certamente, comum às terras próximas do importante «julgado» de Lafões, desde a Idade Média até às reformas do liberalismo, o concelho foi criado em 1834, extinto logo a seguir ( 1836 ) e restaurada a 7 de Outubro de 1837. Com o reordenamento da estrutura jurídico – administrativa de 1855, foi ampliado. Retiradas algumas freguesias ( em 1871 ), ficou, a partir daí, com a constituição que hoje tem.
A monumentalidade do concelho está também nas paisagens, miradouros e locais pitorescos de cenografias invulgares: Parque da Quinta de Torneiros, planalto das Chãs, miradouro de St. ª Bárbara, parque fluvial do Vouga (Sejães), local onde a Natureza deu largas à imaginação: parque fluvial do Alfusqueiro (Destriz), Cadafaz (Ribeiradio) e parque florestal da Gândara (Arca), importante reserva florestal do país. Aldeias características de estreme ruralidade são convites para passeios agradáveis que deixarão sugestivas recordações.
Ponto de Interesses: Miradouro do Cadafaz; Miradouro de Pendão; Miradouro do Calvário (Devesa); Mira-Douro de Olheirão; Miradouro da Boavista; Planalto da Chãs, Junto ao marco geodésimo; Monte de Santa Bárbara; Serra do Ladário, miradouro natural donde se avista a ria de Aveiro e o mar; Parque Florestal de Gândara, em Arca, uma das maiores reservas florestais do país; Parque Fluvial do Alfusqueiro em Destriz; Parque em Sejães.
Artesanato: Cestaria; Latoaria; Oficinas de ferreiro; Cantaria; Tapeçaria e mantas de farrapos; Confecção de mós; Moinhos de água; Capuchas de burel; Aguçadoras de pedra lousinha.
Gastronomia: Pratos Típicos: Arroz à Pedro da Broa; Batatas assadas na areia; Vitela à Lafões; Trutas do Alfusqueiro; Bogas e Barbos do Vouga; Cabrito assado com arroz no forno; Frango de Churrasco; Bacalhau à Lagareiro.
Doces: Queijadinhas; Tigelinhas de Lafões; Grande variedade de doces caseiros.
Vinhos: Vinho verde; Vinho americano (morangueiro), sobretudo nas freguesias de Destriz, Reigoso e Ribeiradio.
CÂMARA MUNICIPAL DE PENALVA DE CASTELO
Telefone: (+351) 232 640 020
Email: geral@cm-penalvadocastelo.pt
Site: www.cm-penalvadocastelo.pt
Feriado Municipal: 25 de Agosto
Número de Habitantes: 9.019
Superfície: 141 Km2
Número de Freguesias: 13
Resumo Histórico: Pólo de transição entre ruralismo e urbanidade, o concelho (sobretudo a sede) encontra-se numa fase de acentuado progresso económico e social, graças ao aproveitamento dos recursos (a começar no passado histórico, antigo e prestigiado). O nome teve origem na existência de antiquíssima fortaleza (na margem direita do Alva) de que não restam vestígios. A mais antiga referência (que se conhece) a Penalva (Pena Alva) faz alusão à tomada do castelo (aos mouros) pelo rei de Leão e Castela (Fernando o Magno), em 1508, depois da conquista de Lamego e Viseu. O primitivo núcleo da vila, entre os rios Dão e Coja, terá tido assento noutro lugar, nas margens do rio Om ( actual Dão ). Segundo eruditos, os restos (visíveis) da antiga vila misturam-se com as ruínas do templo (na Quinta do Mosteiro) da ordem monástica do Santo Sepulcro, talvez o primeiro da Península, sob protecção de D. Afonso Henriques e sua mãe D. Teresa. Por isso, ficou conhecida por Vila Nova do Santo sepulcro. Mas há outros vestígios que comprovam o povoamento celta e romano ou a antiguidade indiscutível da vila e o seu alfoz. D. Sancho I deu-lhe foral em 1240 e as ordenações manuelinas confirmaram-no em 1514. As tradições de pastorícia ( fabrico de queijo artesanal ) integram o concelho na área demarcada deste produto, fazendo parte da Associação de Pastores e Produtores de Queijo da Serra da Estrela.
Para além de ser dos mais prestigiados cartazes gastronómicos da região, a feira do queijo, constitui homenagem justificada ao pastor que se pretende sensibilizar para a melhoria do produto, genuinamente de leite do ovelha, tendo presente que o queijo da serra é a segunda fonte de riqueza do município e parte importante dos recursos e sobrevivência das gentes da margem esquerda do Dão, sua maior área produtora. Presentemente, a procura é maior que a oferta e o certame ( com exposições e prova do queijo e vinhos regionais ) ganha vulto e expressão turística em cada ano.
Ponto de Interesses: Mata da Senhora de Lurdes, junto ao rio Coja; Sepulturas antropomórficas em Sezures.
Artesanato: Estalinhos de Carnaval em Cantos e Penalva do Castelo; Latoaria em Casal Diz, Matela e Pindo de Baixo; Tanoaria em Penalva do Castelo; Esteiaria em Vila Cova do Covelo (magníficas esteiras de junça); Vimes em Aldeia das Posses, Trancozelos e Moradia.
Gastronomia: Pratos Típicos: Feijão com carne de porco; Arroz de grelos, com chouriça caseira; Arroz de favas com costeletas em vinho de alhos.
Especialidades Regionais: Maçã bravo de Esmolfe; Queijo da Serra; Vinho do Dão.
CÂMARA MUNICIPAL DE PENEDONO
Telefone: (+351) 254 509 030
Email: cm-penedono@cm-penedono.pt
Site: www.cm-penedono.pt
Feriado Municipal: 29 de Junho
Número de Habitantes: 3.445
Superfície: 125 Km2
Número de Freguesias: 9
Resumo Histórico: Na fronteira com terras de Foz Côa e Meda (a leste) Penedono, com cerca de 125 quilómetros quadrados espalhados por nove freguesias, situa-se a nordeste de Viseu. A paisagem ou geografia ambiental muito pouco ou quase nada tem a ver com a dos concelhos (mais a norte) de Ribadouro. Engana-se quem julgar que a vila «não goza de abundantes tradições históricas, bem como o seu alfoz». Basta referir que documentos do século X aludem ao castelo Pena do Dono e os arquivos da natureza dão certidão de idade muito anterior aos tempos históricos, na anta da capela da Sr.ª do Monte e no dólmen da Ladeira de Cima (para apontar exemplos dos vestígios da pré – história), não sendo para desprezar a transformação do nome comum (anta), em nome próprio ou topónimo plural, da freguesia de Antas.
Em Penedono fixaram-se ilustres famílias (senhoriais), apesar da modéstia das habitações que fazem parte do centro histórico. A casa dos Freixos (Marialvas) que tiveram o senhorio a partir do século XV é exemplo da nobreza local. Penedono pertenceu também ao senhorio dos Távoras.
Outros monumentos: igreja matriz, com boa talha barroca; castelo de Penela da Beira e pelourinho do Souto, tipo «pinha» (século XVII) exemplares marcantes do acervo histórico-cultural do concelho. Penedono, é um povo orgulhoso da sua cultura e história, à personagem de Álvaro Gonçalves Coutinho ( dos poderosos condes de (Marialva) associa a tradição do valoroso «Magriço» dos Doze de Inglaterra (século XV) que pretendeu desagravar a honra das Donas ofendidas. A ele se atribui a casa fidalga e o senhorio do castelo altaneiro, sentinela da vila antiga a evocar fantasmas, passagens gloriosas e personagens reais que fizeram história e ficaram na História.
Ponto de Interesses: Castelo de Penedono (MN), mandado edificar, no séc. XV, pelo senhor de Leomil. O Castelo ergue-se a 930 metros acima do nível das águas do mar; Dólmen da Capela de Nossa Senhora do Monte (MN) em Penela da Beira; Pelourinho de Penedono; Igreja Matriz de Antas e Capela Setecentista; Ponte Romana de Beselga; Igreja Paroquial de Castainço, do séc. XVII; Capela da Senhora do Monte, em ruínas, na freguesias de Penela da Beira; Solar dos Freixos; Pelourinho de Souto; Igreja do Salvador; Antas e Monumentos Megalíticos, na freguesias de Antas.
Artesanato: Fabrico de ceiras e capachos de junça; cestaria de verga; colchas, carpetes e tapetes, tecidos em tear.
Gastronomia: Pratos Típicos: Cabrito assado no forno; enchidos de porco; febras de porco na brasa (Marrã).
Doces: Filhós; cavacas.
CÂMARA MUNICIPAL DE RESENDE
Telefone: (+351) 254 877 653
Email: cm.resende@mail.telepac.pt
Site: www.cm-resende.pt
Feriado Municipal: 29 de Setembro
Número de Habitantes: 12.370
Superfície: 122,7 Km2
Número de Freguesias: 15
Resumo Histórico: Resende possui património paisagístico (ambiental e ecológico) característico resultante da tipicidade geomorfológica e climática da região ribadouriense. A paisagem não é uniforme devido à diversidade da flora concelhia, variando entre vales, socalcos, e acidentes montanhosos, densamente florestados. Debruçado sobre o Douro (a norte), as fraldas montemuranas delimitam o concelho a sul. O vale do Bestança (ou ribeira de São Martinho), a leste, e serra da Gralheira do mesmo lado, a parte mais acidentada acaba no vale do Cabrum inferior, já nas terras de Aregos.
As terras de Aregos pertenceram ao senhorio dos Gascos (de Ribadouro), linhagem dos primitivos conquistadores a que ficou associado o nome de Egas Ermiges, tio de Egas Moniz. Por outro lado, Santa Maria de Barrô foi célebre comenda de Malta e Fernando Magno deu carta de foro a São Martinho de Mouros por volta de 1057, confirmada por Afonso VI, avô de D. Teresa (mãe de D. Afonso Henriques) e por ela confirmada em 1111. Anreade recebeu forais de D. Dinis e D. Manuel I, e São Romão de D. Sancho I (1178). Como se vê, é indiscutível a antiguidade das terras resendenses, ufanas dos pergaminhos que as projectaram em importância, muito antes dos alvores da Nacionalidade.
O património construído é impressionante, rico, antigo e de grande valor artístico. Assinalemos os principais monumentos do roteiro turístico: na vila, as Casas de Rendufe e Vila Pouca; Mosteiro e igreja de Stª Maria de Cárquere (Mon. Nac.) e o lugar paisagístico da estância arqueológica, no mesmo lugar; igreja matriz de São Martinho de Mouros (Mon. Nac.) e, na mesma freguesia (Mogueira) a estação arqueológica. As Casas Antigas da Torre, Granja, Fornelos e Pousada, em Anreade; em Barrô, as Casas do Outeiro, da Quinta do Fundo de Vila, da Quinta das Lamas e os Solares Esquildar e Granja, em Cárquere. Casas do Corujeiro e Espírito Santo (Miomães); igreja de N. ª Sr. ª da Assunção e Convento de Barrô em São Martinho de Mouros, igreja paroquial, pelourinho e solares do Cardoso; Choupal, Paço, Pereira e Soenga; o solar da Massorra e o palácio de Porto de Rei (São João de Fontoura); a Torre da Lagariça e Ponte Medieval sobre o Cabrum, são as melhores obras de arte de São Cipriano.
Ponto de Interesses: Miradouro do Penedo de S. João, nas Caldas de Aregos, de onde se pode apreciar a surpreendente beleza do vale do Douro; Jardim 25 de Abril; Ruínas célticas, no lugar de S. João, em Freigil; Miradouro da Capela de S. Cristóvão em Felgueiras; Necrópole pré-histórica do Monte de S. Cristóvão; Estância arqueológica romana de Cárquere; Estância arqueológica Luso-romana da Mogueira em S. Martinho de Mouros; Miradouros do núcleo da Senhora do Cárquere e do núcleo da Senhora em S. Martinho de Mouros; Antas do Feirão, em Felgueiras.
Artesanato: Olaria em S. Pedro de Paus (Faamões); Pirotecnia em S. João de Fontoura; Trajes Regionais e chapelaria em Paus; Soqueiro em Resende S. Romão de Aregos e Paus; Meias em Ovadas e Feirão; Cestaria em Resende, S. Romão, Minhães, Loureiro e Riboura; Rendas em Cárquere, Felgueiras e Mirão; Crossas e capelos em Feirão, Paus e Ovadas; Latoaria em Resende; Ferrador em Resende; Carpintaria em Paus, Barrô, Ovadas e Felgueiras; Tecelagem em Ovadas, Felgueiras, Vinhais, Vinhós, Paus, Cárquere, Resende e S. Romão; Moagem em Cárquere, S. Romão, Paus, e Barrô; Arte do papel e do pano em Felgueiras; Sapateiro em Paus e Barrô; Bordados em Felgueiras e Rendufe de Cima; Tapeçaria em Anreade; Malhas em Fazenda e Portela; Fabricação de Crivos e Peneiras em Pinheiro Manso; Penteeira em Minhães e Cimo de Resende; Reparador de barcos em Mirão e Loureiro.
Gastronomia: Pratos Típicos: Bazulaque; Anho assado no forno.
Doces: Cavacas; Rosquinhas de Aregos; Falachas de Resende e Torradas do Barreiro.
CÂMARA MUNICIPAL DE SANTA COMBA DÃO
Câmara Municipal de Santa Comba Dão
Telefone: (+351) 232 880 500
Email: geral@cm-santacombadao.pt
Site: www.cm-santacombadao.pt
Feriado Municipal: Quinta Feira da Ascensão
Número de Habitantes: 12.473
Superfície: 112,6 Km2
Numero de Freguesias: 9
Resumo Histórico: Na terra medieval de Besteiros, cujo castelo defendia e dominava a região, as origens perdem-se na poeira dos tempos, de que há notícia desde a pré-nacionalidade (Castro de Santa Comba). As localidades de Santa Comba e Treixedo, desde os finais do século X, pertenceram ao opulento mosteiro de Lorvão, por carta de couto de D. Afonso Henriques (1133). Quatro anos mais tarde, o monarca coutou ao bispo de Coimbra a localidade, sede de concelho (nominal) muito antiga, tudo leva a crer, por acção do mosteiro. Couto do Mosteiro, na toponímia da mesma freguesia, dá-nos essa perspectiva de formação e elevação da terra santa combadense à categoria administrativa de município, ainda que, nos primeiros tempos, rudimentar, sem as prerrogativas e poderes que hoje tem. A sede de concelho, fica na margem direita do Dão, próxima da confluência com o Criz, rios com óptimas aptidões para o lazer. Vila airosa e movimentada, a linha da Beira Alta tem na sede do município, desempenhando papel de relevo no desenvolvimento local e regional. Sítio de passagem, ficam-lhe a leste a serra do Buçaco, a ocidente Mortágua, Tondela a norte e, a sul, o vale paradisíaco do Mondego. Santa Comba Dão desfruta de situação privilegiada com vasto património natural, dentro do alfoz e arredores, não deixando de exibir vasto acervo monumental: na vila, o largo do Rossio é dos locais mais belos e pitorescos onde se destaca a elegância do recorte das Casas fidalgas dos Albergarias, Correia e Ferreira de Almeida. A igreja matriz e igreja da Misericórdia (século XVIII), pelourinho de pinha piramidal, Casa dos Arcos (século XVII) dos barões de Santa Comba, moldura arquitectónica de qualidade, com galerias e varandas alpendradas, cuja placa evocativa assinala histórica visita de D. Catarina de Bragança e, mais tarde, de seu irmão D. Pedro II. Couto do Mosteiro e Ovoa conservaram a ambiência de um passado de fidalguia e vestígios bem patentes da autonomia municipal nos pelourinhos e antigos paços do concelho. Muitos solares rurais distribuem-se pelos arredores: Vila de Barba, Guarita; Treixedo, Rojão, S. João de Areias e Póvoa de Mosqueiros. Os pelourinhos de Pinheiro de Ázere, S. João de Areias, de porte artístico, completam um conjunto apreciável da arquitectura civil, oferecendo nota saliente do passado pujante do municipalismo que as reformas de Mouzinho da Silveira alteraram sem destruir a história.
Ponto de Interesses: Outeirinho e Reponta, junto da própria vila, de onde se desfrutam lindos panoramas do rio Dão; vestígios de uma antiga povoação mourisca na margem esquerda do rio Criz freguesia de Couto do Mosteiro.
Artesanato: Cestaria de vime.
Gastronomia: Pratos Típicos: Arroz e ensopado de lampreia, torresmos e papas de farinha milha.
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA PESQUEIRA
Telefone: (+351) 254 489 999
Email: cmsjp@mail.telepac.pt
Site: www.cm-sjpesqueira.pt
Feriado Municipal: 24 de Junho
Número de Habitantes: 8.653
Superficie: 267,6 Km2
Número de Freguesias: 14
Resumo Histórico: A linhagem poderosa de D. Pedro Ramires, rico-homem de Ribadouro, possuiu terras na região e o couto de S. Pedro das Águias ultrapassou os limites do actual concelho de S. João da Pesqueira. Soutelo, Várzea de Trevões, Paredes da Beira, Trevões, Valongo e Erverdosa do Douro foram «vilas» e terras importantes do «Julgado de Sanhoane de Pescarias», muito embora Paredes e Trevões tenham sido julgados próprios. O topónimo terá derivado de importante «pesqueira» no rio Douro (ou talvez, mais do que uma) a que fazem alusão documentos antigos. A vila da Pesqueira foi integrada na Casa dos Távoras (condes de S. João da Pesqueira) cuja sombra paira na região, facto que lhe deu certa nobreza, evidenciada nos edifícios e casas nobres. É da tradição que o Marquês de Pombal (que aqui possuiu herdades), no tempo de menino e moço, estudou no colégio (franciscano) local e terá namorado descendente dos marqueses de Távora que impediram o enlace matrimonial. Na vila (na antiga paróquia de Santiago) ficou o importante mosteiro de S. Francisco (Terceira Ordem da Penitência), erigido, segundo D. Joaquim Azevedo, no ano de 1581, com licença do conde de Távora (senhor da vila) e do bispo de Lamego. Aglomerado de tradições medievais, a igreja e Misericórdia são núcleos importantes à volta dos quais de definiu a organização espacial e pólo de maior concentração da vila. O aglomerado histórico evidencia a organização urbana em função daqueles dois núcleos. A Praça constituiu (e constitui) espaço social local.
Ponto de Interesses: Todo o concelho tem vistas paisagísticas, das quais podemos salientar: O S. Salvador do Mundo em S. João da Pesqueira; Nossa Senhora de Lurdes em Nagozelo do Douro; Nossa Senhora do Monte, Também conhecida por Senhora do Vencimento, na serra do mesmo nome; Paisagem dos Vinhedos; Cruz do Ventozelo a poente de Ervedosa do Douro; Jardim da Carreira; Jardim do Cabo; Barragem da Valeira, a 7 Km de São João da Pesqueira, com 48 metros de altura.
Gastronomia: Pratos Típicos: Cordeiro e cabrito assado no forno a lenha.
Doces: Arroz doce; Bolo de amêndoa; Leite creme; Biscoito econômicos; Bola de Carne; Suplicas ou broas; Cavacas; Filhoses de Natal; Rabanadas.
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PEDRO DO SUL
Telefone: (+351) 232 720 140
Email: cms.p.sul@mail.telepac.pt
Site: www.cm-spsul.pt
Feriado Municipal: 29 de Junho
Número de Habitantes: 19.083
Superfície: 373,76 Km2
Número de Freguesias: 19
Resumo Histórico: S. Perdro do Sul – Sintra da Beira – Separando, em parte, as bacias do Paiva e Vouga, a serra da Arada que principia a sul do primeiro rio, junto ao Gafanhão, no sentido norte – sul, deriva para poente até Candal, onde atinge maior amplitude. A norte do concelho, a ramificação da serra do Montemuro, conhecida por S. Macário (Samagaio), atinge altitude de 1053 metros, com declives acentuados e horizontes a perder de vista. Geograficamente, a terra de Lafões é bacia imensa, fertilíssima de verdura, atravessada pelo Vouga e delimitada pelos prolongamentos do maciço da gralheira (Arada, Freita e Manhouce) e alturas do Caramulo.
É terceiro concelho maior em área, com 373,76 quilómetros quadrados distribuídos por dezanove freguesias.
Reais Caldas de Lafões
Na confluência do rio Sul com o Vouga, a sede do concelho tornou-se o refúgio predilecto dos que procuram, na época balnear, tranquilidade, saúde e bons ares. Situada em zona privilegiada pela Natureza (na margem direita do Vouga) a estância termal (das mais expressivas potencialidades do município lafonense) teve origem no balneum romano, inicialmente conhecida por Caldas de Lafões e Caldas da Rainha D. Amélia (até 1910), por decreto régio de 1895. Após o advento da República ficaram a designar-se Termas de S. Pedro do Sul. Com o mais moderno balneário do país, as águas são especialmente indicadas para tratamentos de reumatismos em geral, afecções das vias respiratórias e alguns tipos de dermatoses. Reza a tradição que D Afonso Henriques nelas procurou alívio para os padecimentos provocados pelo acidente de Badajoz e, por isso, foi classificada de monumento nacional a «Piscina de D. Afonso Henriques». Outros monarcas passaram pela paradisíaca estância termal: D.Manuel I e D. Amélia, pelo menos. A temperatura da água à superfície atinge os 69 graus centígrados, potencial calorífico que a autarquia pensa poder aproveitar na vertente energética.
Famílias fidalgas da mais antiga nobreza de Portugal tiveram em S. Pedro do Sul origem ou estirpe, outras adoptaram a terra lafonense para erguer, nas suas honras e coutos, solares brasonados. A vila foi doada, nos finais do século XI, à sé de Coimbra e outras sés, igrejas e conventos tiveram aqui vastas propriedades ou herdamentos, através de doações pias da nobreza local (sés de Viseu e Porto e mosteiros de Alpendurada, S.João de Tarouca, St. ª Cruz de Coimbra, Paço de Sousa, Tarouquela, Pedroso e S. Cristóvão de Lafões, dono de paróquias inteiras).
Ponto de Interesses: Miradouro de S. Macário, situado a 1053 metros de altitude; Miradouro da Pérgola; Secular eucalipto do Outeiro em Serrazes; Estação arqueológica de Cárcoda; Aldeia da Pena, na freguesia de Covas do Rio; Localidade de Manhouce, na serra da Gralheira.
Artesanato: Estaria de vime e de verga; Pirotecnia.
Gastronomia: Pratos Típicos: Vitela assada de Lafões; Rancho; Entrecosto com grelos e chouriço caseiro.
Doces: Caçoilinhos do Vouga; Folares da Ponte.
CÂMARA MUNICIPAL DE SATÃO
Telefone: (+351) 232 980 000
Email: cm.satao@mail.telepac.pt
Site: www.cm-satao.pt
Feriado Municipal: 20 de Agosto
Número de Habitantes: 13.144
Superfície: 206 Km2
Número de Freguesias: 12
Resumo Histórico: Em terras fundas e fraldas pedregosas da Lapa, com altitude média e variedade de paisagem aliada a ares puros, estão definidas rotas em três linhas diferenciadas que traduzem atractivos naturais de apreciável qualidade: Rota do Sol, Estrada Nascente e Terras do Alto Vouga. A primeira contempla a estrada da serra do Seixo, miradouro da Serra e Rio de Moinhos, caracterizada por manchas de pomares e vinhedos. Ladário e Abrunhosa surgem no caminho e a interessantíssima capela da Sr. ª da Esperança faz apelo a uma paragem. O regresso à sede faz-se através da curiosa estrada das Donárias, passando pela Capela de Contige (de primorosa talha) e pelo eucalipto gigante – o maior do País. A segunda rota em direcção ao Tojal conduz à monumental capela da Sr. ª da Oliva, decorada a azulejos do século XVII e boa talha joanina, possuindo o mais famoso sacrário das Beiras. Atinge-se Lajes de Mioma e Silvãs, cujos solares chamam a atenção de quem passa. Terra de Gulfar, Romãs, na margem direita do Dão e a capela da Sr. ª do Barrocal (a «Manressa de Sátão») são referências do melhor património natural (e artístico) do concelho. Nas margens do Vouga, deve visitar-se o atraente santuário penitencial do Senhor dos Caminhos (com importante romaria) e o regresso será por Avelal.
Finalmente, trajecto espectacular, leva-nos a Avelal. Deparam-se-nos o Senhor da Agonia, Decermilo com solar dos Machados Silveiras, travessia do Vouga e convento de St. ª Eufémia de Ferreira. Por Castelo de Ferreira, Cruzeiro Vermelho e Alto da Pereira atinge-se Lamas Fontainhas, através do fértil e famoso Vale da Ribeira.
O concelho resultou da fusão dos municípios de Gulfar e Ferreira de Aves, ambos, provavelmente, anteriores à Nacionalidade. Sátão recebeu foral em 1111 do conde D. Henrique e D. Teresa, confirmado por D. Afonso II (1218). Cortado pelo Vouga e ribeira de Sátão, as abas montanhosas sobem, a norte, pela serra da Lapa e planalto da Nave. A pouco mais de uma hora de Coimbra e Porto e a menos de Espanha, Sátão vem-se afirmando concelho dos mais desenvolvidos do distrito de Viseu.
Ponto de Interesses: Jardim da Praça Paulo VI.
Artesanato: Mantos; Cestos em vime; Latoaria; Bordados; Linhos.
Gastronomia: Pratos Típicos: Enchidos de Porco; Pão de trigo.
Doces: Bolos secos; Cavacas; Pão-de-ló.
CÂMARA MUNICIPAL DE SERNANCELHE
Telefone: (+351) 254 598 300
Email: cmsrn@mail.telepac.pt
Site: www.cm-sernancelhe.pt
Feriado Municipal: 3 de Maio
Número de Habitantes: 6.227
Superfície: 222 Km2
Número de Freguesias: 17
Resumo Histórico: Os caminhos da História de Sernancelhe começam em horizonte neolítico com povoadores mal conhecidos que certamente construíram dólmens, semeadores de pão e pastores de gados que se enraizaram na época castreja em povoados mais fortes. Receberam influência romana segura e constituíram-se como núcleos originais numa Alta Idade Média cristã e camponesa.
Igrejas românticas de extrema valia (Sernancelhe e Fonte Arcada) assentes sobre antigos cemitérios e lugares de culto, fontes (Fonte Arcada, Ferreirim, Sernancelhe) e pontes (Rio Távora) de tradição romântico-gótica, Paços (Paço de D. Loba, Fonte Arcada), são excelente memória deste tempo heróico no qual se combateu a mourama e de que chegam lendas ligadas a nomes reais.
Nos séculos XV e XVI, melhoram-se os povoados, enriquecem-se igrejas com pinturas a fresco (Sernancelhe, Sarzeda) ou óleo, (Sernancelhe, Fonte Arcada) nasce a Lapa com os prodígios de seus milagres, o Santuário de importantes romarias e tesouros e o Colégio, melhora-se a organização municipal (forais, casas de câmara, pelourinhos).
Os séculos XVII e XVIII trazem o triunfo da fidalguia (Solares em Sernancelhe e Fonte Arcada, Adbarros, Lapa, Escurquela, Vila da Ponte, etc.) e da organização religiosa com igrejas que se cobrem de altares de talha dourada, capelas, conventos e mosteiros. Ao século XIX pertence o essencial das aglomerações urbanas onde se impõem tipos de casa de camponês pobre e lavrador abastado emparceirando com as moradias senhoriais e mosteiros que entram depois em ruinoso caminho.
Hoje, os caminhos são mais fáceis mas são ainda de interior. A vida é desafogada mas há ainda emigrantes saindo. O progresso acentua-se e elementos novos de cultura não subvertem os sinais de viver tradicional que se guarda com honrosa memória.
Ponto de Interesses: Monte do Castelo; Monte de Santa Cruz e Senhora das Necessidades.
Artesanato: Tecelagem de colchas; Escultura em granito; Latoaria; Cestaria.
Gastronomia: Pratos Típicos: Enchidos de porco; Castanhas cozidas e assadas.
Doces: Cavacas de Freixedo; Filhós; Fálgaros de Carregal.
CÂMARA MUNICIPAL DE TABUAÇO
Câmara Municipal de Tabuaço
Telefone: (+351) 254 780 000
Email: cmtabuaco@mail.telepac.pt
Site: www.cm-tabuaco.pt
Feriado Municipal: 24 de Junho
Numero de Habitantes: 6.785
Superfície: 142 Km2
Número de Freguesias: 17
Resumo Histórico: O concelho situa-se a sul do rio Douro com o qual se confronta. A ocidente, Armamar faz fronteira, a sul, Moimenta da Beira e Sernancelhe e a leste, S. João da Pesqueira. É composto por 17 freguesias, ocupando uma área equivalente a 142 quilómetros quadrados.
Vestígios da cultura castreja, anterior à Idade do Ferro, encontram-se por todo o concelho. O exemplar mais expressivo é a citânia de Longa, cuja idade, à falta de escavações e estudo, não foi assegurada. A passagem dos romanos deixou sinais em castros ocupados, calçadas, pontes e achados arqueológicos. A dominação árabe está «documentada» na lenda curiosa (com aspectos verdadeiros) da virgem moura Ardínia ou Ardinga, filha do vali de Lamego, rei Alboacém. Andavam por estas bandas, em peleja contra os mouros, os irmãos cavaleiros D. Tedo e D. Rausendo Ermiges, descendentes de Ramiro II de Leão, notáveis pelos actos de bravura durante a Reconquista a sul do Douro, entre o Tedo e Távora. Ardínia, exaltada e enamorada pelos feitos heróicos do cavaleiro cristão D. Tedo e desejosa de o conhecer e tomar por esposo, fugiu, uma noite, do castelo, acompanhada da colaça, acabando por se abrigar no eremitério, onde fazia jejuns e orações o eremita Gelásio. Pediram o baptismo e a jovem moura suplicou a presença de D. Tedo. O pai de Ardinga partiu, entretanto, com soldados, no encalço da filha renegada, degolou-a e atirou o corpo ao Távora. D. Tedo, ao ter conhecimento do sucedido, fez voto de celibato e deu sepultura cristã à jovem mártir no local onde mandou erguer (com o irmão) o primitivo mosteiro de S. Pedro das Águias. No decorrer das lutas o rei mouro matou D. Tedo nas margens do rio, deixando-lhe o nome.
Ponto de Interesses: Restos castrejos de antigo povoamento primitivo em Santa Leocádia, vestígios de construções megalíticas, igualmente nesta freguesia; Monte do Muro, com ruínas castrejas em Longa; Ruínas castrejas no «Castelo», em Pinheiros; Miradouro Natural do Parque Abel Botelhom onde se avista o vulto do Marão, Frdinho e Fraga do Tostão, em Tabuaço; Miradouro Natural de S. Martinho em Adorigo; Miradouro de Valença do Douro, a 500 m de altura; Fraga do Lobisomem, junto á capela de S. Pedro, em Granjinha; Fraga das Pombas em Pinheiros; Dólmens em Santa Leocádia; Vestígios arqueológicos, junto à Ermida de S. Vicente, em Tabuaço; O Alto dos 3 Castelos, Cabriz, liga-se ás façalhas dos guerreiros D. Rausendo e D. Tedon; Famoso cemitério de S. Pedro das Águias erguido numa parada de Alcantil no séc. XII, revela fina estrutura românica. A ele se liga a lenda do trágico desfecho dos amores de Ardinga, que morreu de amor por D. Tedon, cavaleiro Cristão; Penedo do Fradinho, imponente massa rochosa.
Artesanato: Cestos de verga e vime; mantas de farrapos, lã e algodão; socos de pau de amieiro; chinelos de corda; barcos rabelos.
Gastronomia: Pratos Típicos: Peixinhos do rio em molho escabeche; Javali; Cabrito recheado assado.
Doces: Peixinhos do rio em molho escabeche; javali; cabrito recheado assado.
CÂMARA MUNICIPAL DE TAROUCA
Telefone: (+351) 254 678 650
Email: camaratarouca@mail.telepac.pt
Site: www.cm-tarouca.pt
Feriado Municipal: 29 de Setembro
Número de Habitantes: 8.308
Superfície: 102,5 Km2
Número de Freguesias: 10
Resumo Histórico: Situado na encosta da serra de Santa Helena — prolongamento do Montemuro — e a sul da ribeira de Tarouca, a vila e sede do município domina a paisagem de estrutura urbana concentrada e em franco crescimento.
O concelho de Tarouca é limitado a norte e nordeste pelo de Armamar, a noroeste pelo concelho de Lamego, a este e sudeste pelo de Moimenta da Beira e a sul pelo de Castro Daire. Estende-se por uma área aproximada de 102,5 quilómetros quadrados e reúne dez freguesias.
Tarouca teve uma importância extraordinária ao longo da Idade Média, em especial no período da fundação da Nacionalidade.
Rico como poucos em história, (abundantemente comprovada) o município tarouquense dispõe de vestígios do passado que se podem descobrir com a ajuda do roteiro municipal. A vila, sentada ao colo da serra, sob os olhares de Santa Helena, desce pela encosta declivosa, indo morrer no vale do Castanheiro do Sul.
Natureza e História confundem-se em paisagens salpicadas de monumentos e recordações.
Ponto de Interesses: Serra de Santa Helena, de onde se desfruta um encantador panorama a 1097 metros de altitude.
Artesanato: Cestos; socos e tamancos; carros de bois; santos; latoaria; meias de lã; capuchas e palheiras; Mantas de farrapos; sinos; enxadas; albardas; rendas.
Gastronomia: Pratos Típicos: Presunto; cabritos assado; trutas do varosa; bolas de presunto; broa de milho.
CÂMARA MUNICIPAL DE TONDELA
Telefone: (+351) 232 811 110
Email: cmtondela@mail.telepac.pt
Site: www.cmtondela.com
Feriado Municipal: 16 de Setembro
Numero de Habitantes: 31.152
Superfície: 367 Km2
Número de Freguesias: 26
Resumo Histórico: Parte do concelho corresponde à região setentrional do vasto e importantíssimo «distrito» medieval de Besteiros que compreendeu a área dos actuais municípios de Carregal do Sal, Santa Comba (e talvez Mortágua), desde o Caramulo ao Mondego. A sede era já «vila» no século XVII, mais tarde elevada a cabeça de concelho e comarca. Inicialmente sob denominação de Tondela e Besteiros, o concelho passou a designar-se com o nome que hoje tem. Até ao liberalismo o município era conhecido por Besteiros (de termo mais reduzido) com cabeça no lugar de Molelos.
O concelho, é composto por 26 freguesias distribuídas por cerca de 367 quilómetros quadrados e possui paisagens cativantes. Encravado entre a serra (Caramulo) que o atravessa de um lado e o rio Dão do outro, desfruta de um dos melhores climas de montanha e mais saudáveis, razão por que na serra funcionou durante várias décadas o mais importante e movimentado sanatório do país, para portadores de doenças pulmonares. Na pequena e pitoresca aldeia de S. Gemil, nas margens bucólicas do Dão que corre mansamente por entre pomares e vinhedos, situam-se as famosas e concorridas termas de S. Gemil (águas mineralizadas, alcalinas, sulfúreas, sódicas e fluoretadas). Com fonte no rio Dão, dispõem de novo balneário e estruturas de apoio (Pensão e Residencial). Tempos livres podem ocupá-los na pesca (boga, barbo, enguia e robalo), passeios a pé e, se preferirem, descobrindo itinerários turísticos que os levam ao Caramulo, Viseu, Oliveira do Conde, Carregal do Sal e Barragem da Aguieira. O rio Dinha (Nandufe) proporciona momentos de lazer (sempre em contacto com a Natureza) devido à tranquila praia fluvial.
Ponto de Interesses: Vestígios romanos e pré-históricos em todo o concelho.
CÂMARA MUNICIPAL DE VILA NOVA DE PAIVA
Telefone: (+351) 232 609 900
Email: geral@cm-vilanovadepaiva.pt
Site: www.cm-vilanovadepaiva.pt
Feriado Municipal: 2 de Março
Número de Habitantes: 6.141
Superfície: 168 Km2
Número de Freguesias: 7
Resumo Histórico: O concelho é limitado a norte pelos concelhos de Castro Daire e Moimenta da Beira, Sátão a sul, a leste ainda por Sátão e Moimenta e, a poente, Castro Daire e Viseu. A sua área é de cerca de 168 quilómetros quadrados que se distribuem por sete freguesias.
Quem quiser contactar a cultura pré-histórica (e castreja) encontra em todas as freguesias vestígios e exemplares conservados de edificações dolménicas, especialmente em Alhais, Pendilhe e Touro. A Orca dos Juncais, (do neolítico) a principal do concelho, é monumento nacional. O topónimo Antas (a sul de Queiriga) documenta, sem reservas, existência de dólmens. de inconfundível riqueza (e variedade) arqueológica, sobretudo pré-romana, a norte do Paiva fica a maior parte dos castros. Fráguas foi dos primeiros e mais extensos concelhos da actual área do município que englobou Barrelas (sede de concelho), substituída pela denominação mais recente (2 de Maio de 1883) de Vila Nova de Paiva. O documento mais antigo que se conhece sobre estas terras reporta-se a fins do governo de D. Teresa (1128), mãe de D. Afonso Henriques, doando e coutando Fráguas ao nobre cavaleiro de S. João de Tarouca e Fráguas e Barrelas foram propriedade do mosteiro de Arouca. Vila Cova foi comendada das ordens de Malta e Hospital que receberam as terras (e a igreja) das mãos de Urraca Afonso e Pendilhe (igreja) pertenceu ao padroado do mosteiro de Alpendurada. Pelas reformas do liberalismo foram extintos os concelhos de Alhais, Vila Cova, Pendilhe e, Fráguas, herdeiro de todos eles, à excepção da freguesia de Queiriga que passou ao concelho de Viseu. Data do mesmo ano (1836) a promoção administrativa de Vila Nova de Paiva com a designação de Fráguas até finais do século XIX. Barrelas (1883) tornou-se sede de concelho mas com o nome de V. ª N. ª Paiva, para ser extinto em 1895 e, definitivamente, restaurado três anos depois, após generalizada contestação (firme e determinada) dos munícipes espoliados.
Ponto de Interesses: Alminhas em pedra, Prisão, moinhos de água e construções típicas em Fráguas; Relógio de Sol e Canastros (Espigueiros) em Pendilhe; Monte e Miradouro do Calvário e construções típicas em Vila Cova-à-Coelheira; Construções dolménicas, moinhos de água e uma cruz romana-bizantina em Vila Nova de Paiva; Minas de Queiriga; Praça do Município e Largo da Feira em Vila Nova de Paiva; Viveiro de Queiriga; Lugar do «Caldeirão», no rio Côvo, na freguesia de Touro.
Artesanato: Burel pisoado e por pisoar; Serguilha; Varas de linho tecido; Lã de ovelha fiada; Palhoças e polainas de juncos; Tamancos de pau de ameiro, com encoiras e biqueiras ferrados a brochas; Cestos de vime; Colchas de farrapos tecidas no tear; Chapéus de palha; Cabaças; Objectos diversos de madeira.
Gastronomia: Pratos Típicos: Trutas do Paiva de Côvo em molho de escabeche; Coelho guisado com carqueja; Cabrito de caldeirada; Torresmos e sarrabulho com batatas; Presunto e fumeiro (salpicão e chouriça); Carneiro ensopado (prato antigo); Papas de farinha com costeletas; Papas de relão (milho); Caldo de abóbora com leite; Broa de milho e centeio cozida nos fornos comunitários.
Doces e Sobremesas: Bolos de ovos cozidos nos fornos comunitários; Queijo de cabra.
CÂMARA MUNICIPAL DE VISEU
Câmara Municipal de Viseu
Telefone: (+351) 232 423 501
Email: cmviseu@mail.telepac.pt
Site: www.cm-viseu.pt
Feriado Municipal: 21 de Setembro
Número de Habitantes: 93.501
Superfície: 507 Km2
Número de Freguesias: 34
Resumo Histórico: Capital da Beira Alta, verdadeiro coração da Beira, Viseu é uma das mais características cidades portuguesas.
Ocupando, por motivos geográficos, arqueológicos e sentimentais, o lugar primaz da beira tradicional, Viseu eleva-se, na inovação capitular provincial, à categoria de centro geométrico duma vasta divisão territorial cujas origens arrancam, porventura, de tempos proto-históricos.
Indiferente a simpatias ou predilecções, a Geografia, geradora da História, revela e justifica a primazia viseense: acessibilidade, clima, facilidade de cultivos, predestinação populacional.
Teria Bruto Calaico feito erguer o formidável acampamento romano, que é conhecido pelo nome de Cava de Viriato, se Viseu não fosse, de facto, o centro duma extensa região que era necessário manter submissa sob a ameaça de uma guarnição legionária?
Nada de superior a essa imponente fortificação existe hoje no país, podendo somente comparar-se-lhe o recinto da “Cidade da Mata” de Antanhol, nos arredores de Coimbra, como a Cava, de altos e extensos muros de terra ladeados de um amplo fosso, e também, possivelmente remontando ao Século II A.C., a uma época em que Éminio e Conimbriga acabavam de sujeitar-se ao domínio romano.
Antíqua e nobilissima, como está consagrada, a cidade de Viseu fica situada no meio duma vasta zona sem grandes linhas de relevo e com uma altitude média de 570 metros (com ponto mais alto na igreja da Misericórdia).
É a capital do maior concelho do distrito que abrange uma área de cerca de 507 quilómetros quadrados, reunindo trinta e quatro freguesias.
Foi pátria de D. Duarte, ducado de D. Henrique e inspirou Grão Vasco.
Sucessivas gerações legaram monumentos artísticos de todas as idades: O conjunto arquitectónico ímpar constituído pela Sé Catedral, Museu de Grão Vasco, Passeio dos Cónegos e Igreja da Misericórdia, que ladeiam o Adro da Sé; as igrejas e capelas, símbolos da religiosidade do povo beirão; os muros e portas das muralhas, trechos da velha cerca afonsina; as casas senhoriais, dominadas pela beleza fria, mas majestosa, do granito; as janelas e portais manuelinos do velho burgo.
Viseu, cidade jardim, pelos seus espaços verdes bem tratados, preservados do avanço do betão, onde se destacam, os parques de Aquilino Ribeiro e do Fontelo, a par de jardins e recantos ajardinados.
Viseu, terra de ricas tradições, onde ainda é possível adquirir objectos manufacturados e onde a mesa é recheada de ricas iguarias, acompanhadas pelos excelentes vinhos do Dão, É uma cidade moderna, onde o desenvolvimento quadra bem com tradição. Centro de convergência de modernas vias de comunicação, Viseu atravessa um surto de desenvolvimento.
Cidade eminentemente comercial, abre-se ao investimento e à industrialização, antevendo-se que, nos próximos anos, seja uma das regiões nacionais com maior desenvolvimento nos sectores dos serviços e da indústria. Teria certamente razão quem um dia disse que: “Quem não viu Viseu Não sabe o que perdeu…”
Ponto de Interesses: Dólmen da Lapa do Repilau em Couto de Cima; Dólmen em Rio de Loba, Mataltar de Vale de Fachas, a 5 Km de Viseu; Miradouro da Via Sacra; Miradouro de Santa Luzia; Miradouro de Cabeço de Pascoal; Miradouro de Nossa Senhora do Crasto; Perímetro da Serra do Crasto; Perímetro de S. Salvador; Perímetro de S. Miguel e S. Lourenço; Feira Franca de S. Mateus; Jardim das Mães, local de passagem para o Museu Almeida Moreira; Praça da República (Rossio), com mural de azulejo de temática regionalista; Parque da cidade (Aquilino Ribeiro); Parque do Fontelo.
Artesanato: Rendas de Bilros; Colchas regionais; Vime e Verga; Tanoaria e latoaria; Ferro forjado; Estanhos; Bordados de Tibaldinho; Flores de papel; Loiça negra de Molelos.
Gastronomia:
Pratos Típicos:
Sopas: Sopa de feijão frade; Sopa de castanha; migas de nabiça.
Peixe: Trutas de escabeche.
Carnes: Favas guisadas com negrito; rancho à moda de Viseu; grelos com chouriço; vitela de Lafões; cabrito assado no forno do pão; rojões com morcela.
Vinhos: Maduro do Dão; verde de Lafões.
CÂMARA MUNICIPAL DE VOUZELA
Telefone: (+351) 232 740 744
Email: cmvouzela@mail.telepac.pt
Site: www.cm-vouzela.pt
Feriado Municipal: 14 de Maio
Número de Habitantes: 11.916
Superfície: 189 Km2
Número de Freguesias: 12
Resumo Histórico: Porta de entrada da região caramulana, no coração das terras de Lafões e vale do Vouga associada às alturas recortadas das serranias onde domina a Gralheira, Vouzela é dos concelhos mais encantadores e surpreendentes do distrito, marcando lugar em todas as rotas ou percursos turísticos da região.
Tons acentuadamente verdes da paisagem em explosão de seivas (pagãos e floridos altares em permanente adoração às divindades dos campos; regatos e montanha) confundem-se por momentos até à habituação dos olhos ao monumento colossal da Natureza empolgante! Trechos de milheirais e vinhedos de enforcado são sósias das singulares paisagens minhotas. Vouzela é pedaço de terra do Alto Minho transportadas (por encanto) para terras caramulanas e vale do Vouga, dossel de verdura desde a encosta do monte frondoso da Srª do Castelo com 540 metros de altitude, imponente miradouro de Lafões, dominando e abençoando o labor do quotidiano sacrifício ou sustento amargo do pão e do vinho. A paisagem deixa-nos suspensos e o olhar extasiado toca alturas cenográficas das serras da Arada, Caramulo, S. Macário, Estrela, o verdejante vale do Vouga e o rio a caminho de Aveiro sem pressa de chegar ao mar.
Encontra-se suficientemente comprovado o povoamento da região em épocas anteriores à romanização. Paços de Vilharigues é, historicamente, localidade importante do concelho, cuja torre senhorial (paço do século XIII) pertenceu à família dos Almeidas com ligação ao herói do Toro (Duarte de Almeida, o Decepado). Que a herdou do pai.
Vestígios das civilizações dolménica e castreja estão assinalados na área do concelho. Todavia as reminiscências da romanização são mais claras e abundantes se nos lembrarmos que Vouzela ficava no cruzamento de duas importantes vias militares, uma delas dando acesso à serra do Crasto. Para além do marco miliário, muitos achados arqueológicos desta época foram assinalados, sem esquecer a ponte romana sobre o rio Zela (afluente do Vouga).
O concelho foi instituído (ao que tudo indica) por D. Duarte em 1436. Primitivamente, concelho de Lafões, (a que D. Manuel I deu foral) detinha duas vilas, ambas cabeças: Vouzela e S. Pedro do Sul. Com o advento do liberalismo (reforma de Mouzinho da Silveira) desapareceu a designação de concelho de Lafões, separando-se os dois concelhos.
Ponto de Interesses: Janus, também conhecido por ventoso, situa-se a 1070 m de altitude na freguesia de Fornelo, é um dos pontos mais altos da vila; Parque de Nossa Senhora do Castelo, situado no monte do mesmo nome a 3 Km da vila, donde se pode observar um panorama deslumbrante dos seus 500 m de altitude; Monte de Gamardo, situado entre Adessamo e Covas, é um dos mais belos pontos turísticos do Caramulo; Margens do rio Zela e Vouga, com luxuriante vegetação; Gralheiro, na freguesia de Alcofra.
Artesanato: Carpetes e colchas regionais; Cestos artesanais em vime; Tecidos.
Gastronomia: “Pratos Típicos: Vitela à Lafões.
Doces: Folar e doces regionais; pastéis e cavacas de Vouzela.